<pclass="documentDescription"style="margin-top: 0em; margin-right: 0em; margin-bottom: 0.5em; margin-left: 0em; line-height: 1.5em; font-weight: bold; display: block; ">Ciclo de conversas. Nesta edição: "Público, Privado e Comum" por Ricardo Noronha (Unipop) e "Copyright Policies | Free/Open Culture Movements" por Teresa Nobre (Creative Commons)</p>
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<pstyle="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; line-height: 1.5em; "><i>Tunísia. Um só país foi suficiente para desencadear uma avalanche de protestos e revoluções, do Egipto à Síria, pelo Norte de África e Médio Oriente, com resultados ainda ambíguos e por definir. Entretanto, as margens a norte do Mediterrâneo são banhadas pela especulação dos mercados financeiros, que saídos da bolha imobiliária da década de 2000 exploram agora a dívida externa. Enquanto a Troika (BCE-FMI-CE) volta a ceder empréstimos a países europeus, a União Europeia questiona discretamente a perenidade da zona Euro. A esta dinâmica acrescenta-se o vocabulário da ocupação, agora re-descoberto entre as ruas e o espaço virtual da internet.</i></p>
<pstyle="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; line-height: 1.5em; ">Embora não pretendamos abordar a totalidade e complexidade de 2011, é-nos difícil sintetizar aqui um ano tão intenso sem sentir que se perderia algo da urgência que justifica fazer <i>Agência: Algumas Formas ao Alcance de Todas as Mãos</i>, uma segunda vez. Foram os eventos deste mesmo ano que nos convidaram a abrir o campo especulativo da edição anterior, ampliando o campo de acção para temas como a mediação pública da propriedade intelectual, e a exemplaridade do debate sobre a sua jurisdição para lá do virtual, bem como a intrusão do financeiro no quotidiano.</p>
<pstyle="margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 0.75em; margin-left: 0px; line-height: 1.5em; "><i>Da perseguição do Wikileaks ao encerramento do Megaupload, estaremos porventura a testemunhar uma viragem no potencial da internet, quer pelo seu crescente policiamento, quer pela sua capacidade regeneradora e produtora de novos modelos de partilha? No mesmo nano-segundo da transacção informática coexistem a liberdade de partilha como prometida pela internet e a acumulação de capital permitida pela financialização. Como poderemos compreender a ciclicidade das crises do capitalismo, ou a topologia das interacções de uma sociedade financializada, face aos modelos de feedback propostos pela cibernética estruturais à economia contemporânea? Questões como o regime de risco e de dívidocracia, reforçado pela crise europeia, bem como as suas consequências para uma acrescida precariedade laboral e para a mercantilização da propriedade intelectual, estarão em debate. De modo a abordar esta dinâmica será necessário, em última instância, fazer um levantamento das discussões sobre o Comum tidas ao longo da última década; qual a sua capacidade de resposta e quais as suas transformações actuais.</i></p>