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title: "2016: um ano cheio de DRM"
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author: Marcos Marado
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date: 2016-12-01 21:49:00
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- Legislação
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tags:
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- CETA
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2016 tem sido um ano bastante activo no que diz respeito ao DRM.
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Na primeira metade do ano, vimos o Bloco de Esquerda a submeter um [projecto de
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Lei][1] que pretende resolver o problema do DRM em Portugal, garantindo as
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utilizações Livres ao cidadão. Esta proposta, que contou com os [contributos
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escritos da ANSOL e da AEL][2], encontra-se ainda em análise por um Grupo de
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Trabalho parlamentar constituído para o efeito, e mantemo-nos atentos ao seu
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desenvolvimento.
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O grupo de trabalho para a inclusão de DRM na Web não parou o seu trabalho.
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Organizámos um [protesto][3] e conversámos com Sir Tim-Berners Lee sobre o assunto,
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mas isso não impediu o grupo de trabalho de continuar a tentar atingir o seu
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objectivo, e agora a W3C [terá de decidir][4] se quer manter a Web um ambiente
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aberto. Também sobre este assunto teremos de nos manter informados.
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Ainda sobre o DRM na Web, o Partido Comunista Português [questionou o Governo
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Português sobre o que irá fazer sobre o assunto][5], mas, até à data, ainda não
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soubemos de uma resposta.
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Está também a ser decidido a nível Europeu o CETA, um tratado entre a EU e o
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Canadá [que obrigará a Europa a continuar a proteger legalmente o DRM, contra
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os cidadãos][6]. A ANSOL foi uma das várias entidades Portuguesas a juntar-se a
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centenas de outras, na Europa e no Canadá, a [pedir a rejeição do CETA][7].
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E, no meio disto tudo, onde se esperava ver o assunto referido? Na nova
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proposta Europeia de Directiva sobre o Direito de Autor, o local certo para
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reverter a protecção legal ao DRM garantida pela Directiva de 2001. Em vez
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disso, a directiva acaba por [promover ainda mais DRM][8].
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Teremos, assim, um 2017 com mais desafios do que nunca.
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[1]: https://ensinolivre.pt/?p=625
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[2]: https://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheIniciativa.aspx?BID=40177
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[3]: https://drm-pt.info/2016/09/08/contra-drm-na-w3c/
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[4]: https://www.defectivebydesign.org/blog/tim_bernerslee_created_sold_out_web
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[5]: http://tek.sapo.pt/noticias/internet/artigo/ansol_e_ael_pedem_ajuda_aos_partidos_na_luta_contra_o_drm-49087jkb.html
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[6]: https://drm-pt.info/2016/10/16/o-ceta-e-o-drm/
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[7]: https://www.grain.org/bulletin_board/entries/5609-european-and-canadian-civil-society-groups-call-for-rejection-of-ceta
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[8]: https://fsfe.org/news/2016/news-20160928-01.en.html
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title: Acção de Sensibilização sobre DRM
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author: Marcos Marado
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date: 2007-05-25 18:50:00
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coverdescription: Um CD-ROM preso por um aloquete. O aloquete tem nele escrito a palavra DRM.
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## O quê
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Ocorreu no passado dia 25 de Maio de 2007 uma acção de sensibilização sobre
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DRM, na semana de estreia do filme “O Pirata das Caraíbas”.
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## Porquê?
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O Pirata das Caraíbas é um filme sobre uma comunidade diversa que se junta para
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combater a tirania opressora da East India Trading Company. No passado dia 14 o
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General Gonzales pediu ao Congresso Americano para activar a “Intellectual
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Property Protection Act of 2007” (IPPA) que fará com que, entre outras coisas:
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- A pena por evitar DRM aumente
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- Criminalizar a “tentativa” de infração dos direitos de autor
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- Permitir mais escutas para investigar violações aos direitos de autor
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- Aumentar as penas para “intenções” de cometer crimes contra direitos de autor
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Esta legislação proposta é o resultado do lobie feito por Hollywood, servindo
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os seus interesses particulares às custas dos bens púbilcos. Os consumidores
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têm-se mostrado contra o DRM, mas grandes corporações transformam a revolta em
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crime manipulando governos para a criação de novas leis. A Disney é um dos
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principais grupos a favor do DRM em vídeos e filmes, e um preponente para a
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extensão permanente dos direitos de autor. A Disney é também um membro fundador
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da AACSLA, a organização que licencia o esquema de DRM no HD-DVD e no BluRay.
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Eles são a força por detrás da MPAA e um dos maiores instigadores do DMCA nos
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USA e do EUCD na Europa – que fazem com que evitar o DRM seja um crime.
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## Onde?
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Na Lusomundo do Centro Comercial Vasco da Gama, em Lisboa, Portugal.
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## Como correu?
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Um dos participantes, Rui Seabra, escreveu sobre [como tudo correu][1].
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O vídeo do evento pode ser visto aqui:
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<https://www.youtube.com/watch?v=-VKZcfohlt8>
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[1]: https://web.archive.org/web/20070613162001/http://blog.softwarelivre.sapo.pt/2007/05/26/relatorio-do-protesto-contra-o-drm/
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title: Alterações ao uso de DRM em Portugal
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|
author: Marcos Marado
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date: 2023-04-30 13:20:00
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categoria:
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- Legislação
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tags:
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- directiva
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- Governo
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- transposição
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coverdescription: Fotografia por Paula Simões, Creative Commons BY
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|
covercaption: Fotografia por Paula Simões, Creative Commons BY
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Nada na mais recente Directiva Europeia sobre o Direito de Autor, aprovada em
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2019, implica uma alteração no regime de uso e regulação de DRM como
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estabelecido na directiva anterior, de 2001. Ao invés, a directiva reitera o
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anteriormente estabelecido, sublinhando no seu artigo 7º que o direito às
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utilizações livres não pode ser coartado, nem contractualmente nem por via do
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uso de medidas de protecção tecnológica (vulgo DRM).
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Acontece que na actual proposta de transposição desta directiva por parte do
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Governo Português, não só o legislador opta por mencionar estas medidas, como o
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faz não para sublinhar os mecanismos já existentes, mas sim para os restringir,
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propondo o acrescento à actual lei da seguinte redacção:
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> “sem prejuízo de tais medidas poderem ser utilizadas para limitar o número de
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> cópias a efectuar pelo utilizador, a partir de um exemplar legalmente
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> adquirido.”
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Qual a motivação de acrescentar esta restrição à utilização de obras? E como
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pode estar nova restrição compatibilizar-se com a directiva que se tenciona
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transpôr?
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A ANSOL respondeu à recente consulta pública sobre esta transposição,
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sublinhando este problema. Esperemos agora que o Governo Português tenha em
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consideração ete contributo, e que a alteração proposta não figure no texto
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final da transposição.
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title: BE quer resolver problema do DRM com Projecto de Lei
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|
author: Paula Simões
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date: 2013-04-27 19:30:00
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categories:
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- Legislação
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<figure style="float: right; max-width: 150px;">
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<img src="./authorsdrm.png" alt="Símbolo do movimento Authors Against DRM">
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<figcaption><a href="https://web.archive.org/web/20130415183327/http://readersbillofrights.info/">Readers' Bill of Rights</a></figcaption>
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</figure>
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**O Bloco de Esquerda entregou na Assembleia da República um [Projecto de Lei][1]
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que, se for aprovado, resolve os problemas do DRM.**
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**Editado:** Acrescenta-se que o PCP apresentou um projecto de lei sobre a
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mesma temática e que ambos vão ser **debatidos no Parlamento no próximo dia 12 de
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Junho (quarta-feira) devendo ser votados no dia 14 de Junho (sexta-feira).**
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A situação actual, que se mantém há nove anos, permite que os detentores de
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direitos proíbam as utilizações livres do Código de Direito de Autor e Direitos
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Conexos, a que os cidadãos têm direito.
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Alguns exemplos de como o DRM tem sido e continua a ser prejudicial aos
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cidadãos:
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- Se o leitor comprar um livro digital na LeYa, Wook ou Bertrand, que têm DRM,
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só poderá ler esse livro nos dispositivos que aquelas editoras e
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distribuidoras quiserem. Se o leitor converter o livro que comprou para o
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poder ler no Kindle, a lei estipula uma pena de prisão que pode ir até um
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ano.
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- Se o cidadão comprar um DVD – a maioria dos DVD têm DRM -, e quiser fazer uma
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cópia para outro DVD, para o filho não riscar o DVD original ou simplesmente
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para passar o filme para o seu tablet, não pode fazê-lo.
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- Se o cidadão comprar um DVD de região 1, por exemplo de importação, mas o seu
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leitor de DVD tiver sido comprado em Portugal com região 2, o cidadão não
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pode ver o DVD.
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- Se o professor quiser mostrar um excerto de um filme ou documentário de um
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DVD que requisitou na biblioteca da escola ou da universidade, aos seus
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alunos, para introduzir uma discussão sobre uma determinada matéria e a sala
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de aula deste professor for uma plataforma de ensino à distância, como o
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Moodle, por exemplo, a lei não permite que o professor o faça.
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- Se uma biblioteca, um arquivo ou um museu quiser começar a preservar obras
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digitais e estas tiverem DRM, também não o poderão fazer.
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- etc.
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Mas estas acções só são proibidas porque a lei não permite a neutralização do
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DRM pelo consumidor, **mesmo que os fins sejam legais.**
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<figure style="float: left; max-width: 150px;">
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<img src="./readersdrm.png" alt="Símbolo do movimento Readers Against DRM">
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<figcaption><a href="https://web.archive.org/web/20130415183327/http://readersbillofrights.info/">Readers' Bill of Rights</a></figcaption>
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</figure>
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Se o cidadão quiser fazer alguma das acções descritas acima, tem de ir à IGAC
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pedir os meios para as fazer. Mas a IGAC não tem, nem nunca teve esses meios e,
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portanto, não os dá aos cidadãos. Mesmo que a IGAC tivesse e desse estes meios
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aos cidadãos, isso significaria que o consumidor compraria um livro digital e
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em vez de, em dois minutos, o converter para o seu dispositivo de leitura teria
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de fazer um pedido à IGAC e teria de esperar que a IGAC lhe desse os meios para
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fazer essa conversão para poder ler o livro, o que demoraria, no mínimo, dias.
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Ora, isto não faz sentido.
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O Projecto de Lei do BE vem resolver este problema. O DRM continua a estar
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protegido, no caso de acções ilegais, mas não quando os consumidores quiserem
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fazer uma acção legal.
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**Os consumidores esperam poder usar os conteúdos que compram onde quiserem. Mas
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isto só acontecerá se este projecto de lei for aprovado:**
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> People are getting used to seamless services: anything, anywhere, on any
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> device. They expect that from “old” media too. – Nellie Kroes,
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> Vice-Presidente para a Digital Agenda da Comissão Europeia
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<figure style="float: right; max-width: 150px;">
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<img src="./librariansdrm.png" alt="Símbolo do movimento Librarians Against DRM">
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<figcaption><a href="https://web.archive.org/web/20130415183327/http://readersbillofrights.info/">Readers' Bill of Rights</a></figcaption>
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</figure>
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Um outro ponto crucial neste projecto de lei é a protecção das obras em domínio
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público, ou seja, de obras de autores que morreram há mais de 70 anos e que já
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não têm direitos patrimoniais. O projecto de lei vem clarificar a não permissão
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de colocar DRM nestas obras. A colocação de DRM em obras em domínio público
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limita a utilização das mesmas, impedindo a preservação das obras digitais
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pelas bibliotecas e arquivos.
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**É importante apelar aos srs. Deputados para aprovarem estes Projectos de Lei.
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A ANSOL criou uma lista para ser mais fácil contactar os srs. Deputados, [que
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podem ver aqui][3].**
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[1]: https://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheIniciativa.aspx?BID=37676
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[2]: https://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheIniciativa.aspx?BID=37773
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|
[3]: https://ansol.org/politica/ar/deputados
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title: "CD: Como saber se estão corrompidos"
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author: Marcos Marado
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date: 2011-08-21 21:50:00
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categories:
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- Música
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tags:
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- CD
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- DRM
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- Imagens
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- Sony
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Existem algumas etiquetas que costumam estar presentes num CD corrompido, na
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caixa, livro ou mesmo no disco em si. As mais comuns em Portugal são as duas
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seguintes:
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![IFPI](./ifpi.png)
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![Etiqueta de CD com tecnologia BMG](./bmg-cd.jpg)
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Um outro método que ajuda a saber se o CD tem ou não protecção contra a cópia é
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consultar o [Discogs][1], que tem um campo que nos pode dar esta informação
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(ainda que que essa informação dependa do utilizador que inseriu os metadados
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daquele CD):
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![Captura de ecrã do website Discogs, que mostra o Álbum Cinema de Rodrigo Leão. Na secção "Format", inclui a etiqueta "Protected"](./discogs.png)
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|
[1]: http://www.discogs.com/
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content/artigos/contra-drm-na-w3c/index.md
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title: ANSOL e AEL organizam demonstração contra algemas digitais no encontro da W3C
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|
author: Marcos Marado
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date: 2016-09-08 23:29
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categories:
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- Legislação
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- Protesto
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tags:
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- HTML
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- Protesto
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- W3C
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A [ANSOL – Associação Nacional para o Software Livre][1] e a [AEL – Associação
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Ensino Livre][2] vão manifestar-se contra a incorporação de Medidas de Carácter
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|
Tecnológico (DRM) no HTML, a norma técnica que define a Web. A ANSOL e a AEL
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convidam todos os interessados a juntarem-se a eles no dia 21 de Setembro às
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18:00 no Centro de Congressos de Lisboa, durante um encontro da World Wide Web
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|
Consortium (W3C), que define normas para a Web como o HTML e o CSS. Membros da
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|
W3C como a Microsoft, a Google e a Netflix têm vindo a fazer pressão para a
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|
incorporação de [Encrypted Media Extensions (EME)][3] no HTML. Isto faria com
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|
que o HTML deixasse de ser uma norma aberta, de acordo com a legislação
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|
nacional. EME no HTML faria com que ele falhasse três dos cinco critérios na
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|
[Lei das Normas Abertas (39/2011)][4] e iria sacrificar injustificadamente a
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liberdade na Web.
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“Um dos grandes problemas em ter DRM inserido na especificação do HTML é que o
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DRM em si é composto por acções e processos não documentados, o que significa
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que o HTML5 passaria a não ser uma norma aberta de acordo com a Lei das Normas
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Abertas”, diz Marcos Marado, presidente da ANSOL, acrescentando, “isto por si
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só tornaria o HTML5 inviável para ser usado pela Administração Pública
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Portuguesa, e noutros países que, como em Portugal, mandatam – e bem – que
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apenas Normas Abertas podem ser usadas.”
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Empresas de streaming como o Netflix requerem que os utilizadores usem DRM —
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também conhecido como “algemas digitais” — nos seus próprios dispositivos, para
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os impedir de fazer operações que essas empresas não permitem nos media
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digitais, ainda que sejam permitidas por lei. “O DRM é conhecido por espiar os
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utilizadores, colocá-los em perigo ao expô-los a vulnerabilidades de segurança,
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e limitando-osao tirar-lhes controlo dos seus próprios computadores”, diz Paula
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Simões, presidente da AEL. O DRM já existe na Web, mas não na sua
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especificação. Tecnologistas e activistas das liberdades digitais avisam que
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|
DRM nas normas da Web tornarão mais barato e menos custoso politicamente impor
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restrições aos utilizadores, precipitando um aumento do DRM na Web.
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|
O protesto, com o apoio da [Free Software Foundation][5], irá ocorrer a 21 de
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|
Setembro, das 18:00 às 22:00, no Centro de Congressos de Lisboa, onde a W3C irá
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ter o seu encontro. Os organizadores dão as boas vindas a todos aqueles que se
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preocupam com a liberdade na Internet e no software que queiram comparecer.
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A W3C é um organismo não-governamental de tomada de decisões, constituída por
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corporações, entidades sem fins lucrativos e Universidades. A adição de DRM à
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norma HTML chama-se Encrypted Media Extentions e está a ser desenvolvida por um
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grupo de tecnologistas da indústria a trabalhar sob a alçada da W3C. É
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actualmente um rascunho em processo de revisão e testes, mas é esperado que até
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ao final de 2016 a W3C vote a sua ratificação como norma oficial para a Web.
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Este ano, a W3C tem sido seguida por protestos contra o DRM. A última grande
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reunião da W3C, que ocorreu em Março de 2016, foi [acolhida com a primeira
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demonstração de sempre][6] numa reunião deste organismo.
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Zak Rogoff, gestor de campanhas da Free Software Foundation, organizou o
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protesto de Março. Disse: “Utilizadores da Web em todo o mundo estão
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preocupados com este esquema da indústria para criar um sistema de DRM
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universal para a Web. Inspiramo-nos com a ANSOL, AEL, e os activistas que irão
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protestar no encontro da W3C em Lisboa. Fazemos todos parte de um movimento
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unido pela liberdade na Internet, e a W3C não pode ignorar as nossas
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preocupações.”
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A ANSOL – Associação Nacional para o Software Livre é uma associação portuguesa
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sem fins lucrativos que tem como fim a divulgação, promoção, desenvolvimento,
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investigação e estudo da Informática Livre e das suas repercussões sociais,
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políticas, filosóficas, culturais, técnicas e científicas.
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A Associação Ensino Livre (AEL) tem como objectivos a promoção e utilização de
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Software Livre e de Conteúdos Livres, nomeadamente com licenças Creative
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Commons e Open Access ao nível do ensino, em Portugal, trabalhando para isso
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com professores, alunos, investigadores, bibliotecas e instituições educativas.
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[1]: https://ansol.org
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[2]: https://ensinolivre.pt/
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[3]: https://www.w3.org/TR/encrypted-media/
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[4]: https://m6.ama.pt/docs/Lei362011-NormasAbertas.pdf
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[5]: https://www.fsf.org/
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[6]: https://www.defectivebydesign.org/from-the-web-to-the-streets-protesting-drm
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After Width: | Height: | Size: 62 KiB |
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title: "#DayagainstDRM – Dia Internacional contra o DRM 2017"
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author: Marcos Marado
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date: 2017-07-09 19:14:00
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coverdescription: Fotografia por Paula Simões, Creative Commons BY
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covercaption: Fotografia por Paula Simões, Creative Commons BY
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DRM, Gestão de Restrições Digitais (Digital Restrictions Management) são
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mecanismos que os fabricantes põem nos produtos e serviços para restringir
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certas utilizações pelos consumidores. Não conseguir fazer uma cópia de um DVD;
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não conseguir ler um livro digital em qualquer leitor; não conseguir extrair um
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excerto de um livro digital ou filme para usar nas aulas; não conseguir
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imprimir usando tinteiros de outras marcas; ser obrigado a estar online quando
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se quer jogar um jogo, tudo isto são exemplos de como o DRM nos afecta no dia a
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dia.
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Estes mecanismos impedem frequentemente utilizações que seriam legais, e muito
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comuns, de obras, ferramentas e dispositivos. Na prática, os cidadãos
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encontram-se assim privados de muitos dos seus direitos, a não ser que
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contornem o DRM.
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Nos últimos 13 anos, o acto de contornar o DRM era crime em Portugal, punível
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com até dois anos de prisão. No dia de 4 de Junho deste ano [entrou finalmente
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em vigor uma alteração à lei que permite aos consumidores neutralizar o DRM
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para fins legais][1]. Foi um passo importante para devolver aos cidadãos os
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seus direitos, que está a ser observado com interesse por outros países.
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Apesar de, em Portugal, agora ser possível contornar o DRM nestas situações, o
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seu impacto é limitado pelo facto de na maioria de outros países continuar a
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ser proibido, incluindo todos os outros Estados-Membros da União Europeia. Além
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disso, está planeada uma expansão da utilização e da protecção legal ao DRM.
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No final do ano passado, a Comissão Europeia propôs uma alteração à Directiva
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da Sociedade da Informação que está a ser discutida pelo Parlamento Europeu.
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Vários deputados europeus submeteram emendas que permitiriam aos cidadãos
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neutralizar o DRM para fins legais, à semelhança do que foi feito em Portugal.
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ANSOL, AEL, D3 e FSF, entre outras organizações, juntam-se hoje a nós e
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milhares de cidadãos, para espalhar a mensagem: “Não ao DRM”. Para além de
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marcar este dia, há muito a fazer para garantir os direitos dos cidadãos. Por
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exemplo, é [importante contactarmos os nossos representantes no Parlamento
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Europeu][2] para que eles votem a favor das emendas que melhoram a situação
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legal.
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Queres começar já a ajudar o movimento contra o DRM? Partilha este artigo!
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- ANSOL – Associação Nacional para o Software Livre https://ansol.org/
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- AEL – Associação Ensino Livre https://ensinolivre.pt
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- Associação D3 – Defesa dos Direitos Digitais https://direitosdigitais.pt/
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- Defective By Design – https://dayagainstdrm.org
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[1]: https://ensinolivre.pt/?p=797
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[2]: https://www.europarl.europa.eu/meps/en/search.html?country=PT
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7
content/artigos/dia-10-spore/capa.gif
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<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//IETF//DTD HTML 2.0//EN">
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<html><head>
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<title>302 Found</title>
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</head><body>
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<h1>Found</h1>
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<p>The document has moved <a href="https://drm-pt.info/wp-content/uploads/2013/04/ea-drm.gif">here</a>.</p>
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</body></html>
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124
content/artigos/dia-10-spore/index.md
Normal file
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|
title: Spore
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|
author: Marcos Marado
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date: 2008-12-25 00:29:00
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categories:
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- Jogos
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tags:
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- EA
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- Jogos
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- Spore
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## Um comprador do Spore diz:
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Comprei o [Spore][1] no dia em que saiu. Normalmente, testo os jogos antes de
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os comprar, mas estava tão excitado com o lançamento do Spore que apenas saí e
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comprei-o. Para meu desapontamento, o jogo não só era decepcionante de tão
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básico para tentar abranger uma maior audiência, como também continha o
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invasivo e draconiano DRM SecuROM. Assim, fico com um jogo medíocre e um mau
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sistema a viver no meu computador e que é impossível de remover.
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O SecuROM ofendeu tanto a comunidade de partilha de ficheiros que uma versão
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sem o DRM do jogo estava disponível mesmo antes do lançamento do jogo. Desde
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então, tornou-se um dos jogos mais descarregados de todos os tempos.
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O que se torna mais execrável em toda esta história é que enquanto ela destaca
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os piores aspectos do DRM, ele poderá aparentar o oposto aos executivos da EA —
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este jogo, medíocre, teve um número de downloads ilegais tão grande como
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resposta directa aos passos que foram tomados para prevenir a sua cópia.
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Duvido que a ironia vá fazer muito para mudar a injusta implementação de DRM
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usada pelas inústrias de jogos, música e filmes contra os seus clientes.
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## Um defensor do Software Livre comenta
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Há muito muito tempo atrás — enquanto esperava pelo lançamento do Duke Nukem
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Forever — ouvi rumores de um jogo, um jogo tão maravilhoso e revolucionário no
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seu conceito que eu sabia que teria de o jogar. Este jogo não só seria um
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simulador de vida, onde poderia criar uma criatura e guiar a sua evolução
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durante os vários estados, criando uma maravilhosa e única criatura com os seus
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prórios comportamentos e uma aparência completamente única.
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Eu sabia que tinha de jogar este jogo. O Spore entrou imediatamente na minha
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lista de jogos “a jogar”, tal como o DNF. Com entusiasmo, esperei por todas as
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notícias sobre ele que poderia obter.
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O tempo foi passando — anos mais tarde eu tornei-me algo como um defensor do
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software livre (principalmente graças ao “Windows Genuine Disadvantage”
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recusando a activação da minha cópia legítima do Windows) — comecei a usar o
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GNU/Linux como Sistema Operativo principal e recorrendo ao Windows apenas para
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o jogo ocasional, quando este não corria sobre o Wine (coisa que vem
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acontecendo cada vez menos frequentemente).
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Descobri uma quantidade enorme de fantásticos jogos de Software Livre:
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Tremulous, Alien Arena e o brilhante Scorched3D para falar de alguns. Descobri
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que um dos meus jogos favoritos de todos os tempos, Star Control 2, foi lançado
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como Software Livre e está agora disponível para quase todas as plataformas com
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o título “The Ur-Quan Masters”.
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A informação sobre o Spore escasseava ao longo dos tempos, até que no início
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deste ano a EA anunciou que o Spore seria lançado com o muito odiado sistema de
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DRM conhecido por “SecurROM”, com um conjunto particularmente nefasto de regras
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aplicadas:
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O Spore só se validaria “falando para casa” a cada dez dias, e apenas
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permitiria a sua instalação três vezes. O anúncio causou muito furor, com
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muitos a dizer que, com essas condições, não comprariam o jogo.
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A EA respondeu cedendo um pouco nas restrições. Continuou a haver muita gente a
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refilar, com muitos, incluindo eu, a dizer que não iriam comprar um jogo com
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qualquer tipo de DRM, especialmente, o SecuROM, que é conhecido como causador
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de problemas nalguns sistemas e é notoriosamente difícil de remover, mesmo após
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a desinstalação do jogo.
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Decidi que não queria mais o Spore.
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Eventualmente, o Spore foi lançado.
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Houve mais uma grande revolta contra o DRM que vem com o jogo: foi lançada uma
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campanha para votar negativamente o jogo na Amazon, com centenas de reviews
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negativas a aparecer e a dizer que o DRM era inaceitável.
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Pessoas processaram a EA, porque em lado algum na documentação do jogo há
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menções quanto a instalação do SecuROM em conjunto com o jogo.
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Apesar de dizer na caixa que o comprador pode ter múltiplas contas na mesma
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cópia do Spore, isso não foi suportado inicialmente — se o meu irmão e eu
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quisessemos ambos jogar o Spore no mesmo PC e ter cada um o seu perfil, a EA
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queria inicialmente que comprássemos duas cópias do jogo!
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Depois, as reviews negativas começaram a aparecer: parece que todas as coisas
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boas que me faziam realmente curioso em jogar este jogo não chegaram a ser
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lançadas na versão final, e o jogo era afinal e essencialmente quatro jogos
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medíocres em um, e desenvolver a tua criatura de várias maneiras fazia pouca ou
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nenhuma diferença no desenvolvimento do jogo em níveis posteriores.
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No meu caso, acabei por não sofrer as consequências do Spore — fui dos sortudos
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que soube evitar tudo o que traz DRM, mas sinto pela pelos pobres infelizes que
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tiveram malware (SecuROM) instalado no seu sistema pela EA — tudo para jogar um
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jogo medíocre que não cumpre o que promete.
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Esta semana houve um artigo a apontar o facto que o Spore foi o “Jogo Mais
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Descarregado de 2008” — existe agora um vigoroso debate sobre se isso foiou
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nãouma resposta directa ao DRM incluído no jogo.
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Várias pessoas apontaram para o facto que algumas pessoas descarregaram Spore
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para conseguirem jogar o jogo que legitimamente possuem graças aos problemas
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com o DRM. Há algo que é abundantemente claro com isso, contudo:
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O DRM não funciona: não impede as pessoas de copiar o jogo e, neste caso, está
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actualmente a encorajar as pessoas a fazerem-no, visto que as cópias funcionam
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melhor que o original!
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O Spore foi o mais mediático, mas todos os jogos lançados pela EA depois dele
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(Mass Effect, Dead Space, etc.) têm DRM.
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Por enquanto pelo menos, parece que a EA sabe que está a fazer um grande erro
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mas não está disposta a corrigi-lo.
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via [35 Days Against DRM — Day 10: Spore][2]
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|
[1]: https://pt.wikipedia.org/wiki/Spore
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|
[2]: http://www.defectivebydesign.org/day10-spore
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BIN
content/artigos/diga-a-hp-nao-ao-drm/capa.png
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39
content/artigos/diga-a-hp-nao-ao-drm/index.md
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title: "Diga à HP: Não ao DRM!"
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author: Marcos Marado
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date: 2016-10-02 18:18
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A HP activou recentemente uma funcionalidade secreta nas suas impressoras
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Officejet Pro (e possivelmente outros modelos) que faz com que as impressoras
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recusem imprimir com tinteiros de outras companhias ou tinta reciclada.
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Juntos, podemos enviar uma forte mensagem à HP: Digam não ao DRM.
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A HP é apenas a mais recente das empresas a usar tecnologia DRM para colocar
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limitações artificiais ao que você pode fazer com a sua propriedade. A
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legislação de direitos de autor da Europa e dos Estados Unidos incentiva as
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|
empresas tecnológicas a usar DRM: sob a alçada do Digital Millenium Copyright
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Act (nos Estados Unidos) ou a Directiva para a Sociedade de Informação (na
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Europa), os fabricantes dizem que é ilegal dar a volta ao DRM nas coisas que
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você possui, mesmo que o esteja a fazer para fins legais.
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O DRM é mau para a inovação, é mau para os direitos dos utilizadores, e é um
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desastre de segurança. Por favor junte-se a nós a exigir à HP que corrija as
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suas impressoras autodestrutivas.
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[Diga à HP: Não ao DRM!][1]
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PS: A EFF está também a considerar apresentar uma queixa à FTC sobre o uso de
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DRM nas impressoras da HP. Se a recente actualização de software o afectou, por
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|
favor entre em contacto com a EFF e conte a sua história. Se tiver um amigo que
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foi afectado pelo DRM nas impressoras HP, por favor faça-lhe chegar este texto.
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Esta é uma [campanha da EFF][2]. O texto e a imagem aqui utilizados estão
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licenciados com uma licença [CC-BY 3.0 US][3].
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|
[1]: https://act.eff.org/action/tell-hp-say-no-to-drm
|
||||||
|
[2]: https://act.eff.org/action/tell-hp-say-no-to-drm
|
||||||
|
[3]: https://www.eff.org/copyright
|
BIN
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28
content/artigos/direitos-de-autor-e-drm/index.md
Normal file
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|
title: Direitos de Autor e DRM
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|
author: Marcos Marado
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date: 2015-04-21 20:08:00
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|
coverdescription: Poster do “Workshop de Direitos de Autor”
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|
covercaption: Poster do “Workshop de Direitos de Autor”
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|
*Um Workshop sobre Direitos de Autor e Digital Rights Management e um macaco no
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cartaz? Está perdido? Nós esclarecemos…mas só um bocadinho: este famoso macaco,
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|
da espécie Macaca Nigra, mete Ellen DeGeneres “no bolso” no que respeita a
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|
tirar selfies. O resto da história fica para 9 de maio!*
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|
Já ouviu falar da Cópia Privada? Sabe o que é DRM? Numa era digital, a
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|
produção, o uso e a reutilização de conteúdos torna-se cada vez mais banal. Mas
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|
qual é a relação entre aquilo que fazemos diariamente nos meios digitais com os
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direitos de autor? E será que estes estão adaptados às inovadoras formas de
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criar e partilhar?
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|
Num ambiente informal de partilha de experiências e aprendizagem, o ALL e a
|
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|
ANSOL juntam-se e convidamo-lo a passar connosco uma tarde a falar sobre todos
|
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|
estes assuntos que estão, cada vez mais, na ordem do dia. A sessão tem início
|
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|
marcado para as **14H00** do próximo dia **9 de maio**, na **Escola Secundária
|
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|
Marques de Castilho** e conta com a dinamização de Marcos Marado, Paula Simões
|
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|
e Teresa Nobre.
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|
A entrada é gratuita mas os lugares são limitados, por isso inscreva-se hoje
|
||||||
|
mesmo em http://all.cm-agueda.pt/.
|
BIN
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Normal file
After Width: | Height: | Size: 630 KiB |
33
content/artigos/emi/index.md
Normal file
@ -0,0 +1,33 @@
|
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|
title: EMI
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|
author: Marcos Marado
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date: 2007-07-03 23:44:00
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categories:
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- Editoras
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aliases:
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- "/2007/07/03/95/"
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EMI é a sigla de Electric and Musical Industries Ltd; é uma gravadora
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localizada na Inglaterra, mais precisamente em Londres e que mantém operações
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em 25 países; a EMI Group é uma das 4 maiores gravadoras do mundo.
|
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|
Para mais informações gerais sobre a EMI, ver [aqui][1].
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|
## EMI e o DRM
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A EMI é adepta do DRM. Em Abril de 2007 a [EMI começou a vender música sem DRM
|
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|
no iTunes][2], mas continua a vender também a versão com DRM. Além disso, a sua
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|
estratégia quanto ao DRM não é global: não só continua a fazer lançamentos de
|
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|
CD’s com DRM, especialmente na Europa (Portugal inclusivé), como [vai vender
|
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|
músicas com DRM em mercados como o Russo][3].
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|
A experiência da venda de música sem DRM no iTunes tem sido dada por eles como
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|
[positiva][4].
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|
[1]: http://pt.wikipedia.org/wiki/EMI
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||||||
|
[2]: http://mindboosternoori.blogspot.com/2007/04/apple-itms-to-sell-drm-free-emi-tracks.html
|
||||||
|
[3]: http://webplanet.ru/english/2007/05/24/sonya_emi_en.html
|
||||||
|
[4]: http://remixtures.com/2007/06/vendas-de-musica-sem-drm-da-emi-promissoras/
|
BIN
content/artigos/estudo-da-apdsi-sobre-drm/capa.jpg
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After Width: | Height: | Size: 92 KiB |
41
content/artigos/estudo-da-apdsi-sobre-drm/index.md
Normal file
@ -0,0 +1,41 @@
|
|||||||
|
---
|
||||||
|
title: Estudo da APDSI sobre DRM
|
||||||
|
author: Marcos Marado
|
||||||
|
date: 2007-06-28 21:44:00
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coverdescription: |
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|
Um rolo de etiquetas autocolantes amarelos da campanha DefectiveByDesign.org.
|
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|
Inclui o texto "Warning DRM: Product restricts usage or invades privacy.
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|
DefectiveByDesign.org". À esquerda do está o logótipo da campanha, um
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|
triângulo de cantos arredondados com uma representação em ASCII de uma cara
|
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zangada >:(
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No passado dia 28 de Junho, pelas 18h, na Fundação Portuguesa de Comunicações
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(Rua do Instituto Industrial, 16 — junto ao Cais do Sodré em Lisboa), a APDSI
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apresentou um estudo sobre o DRM:
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- [Site oficial do evento][1]
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- [Nota de imprensa][2]
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- [Relatório][3]
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## O evento
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Várias pessoas, representando o DRM-PT, estiveram presentes no evento:
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- [Marcos Marado][4] (inscrição confirmada pela APDSI)
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- RuiSeabra (inscrição confirmada pela APDSI)
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- Pedro Silva (inscrição confirmada pela APDSI)
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- Manuel Silva (inscrição confirmada pela APDSI)
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## O que foi feito?
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- Estivemos presentes e questionámos as posições que ofendiam os direitos dos consumidores
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- Distribuimos este panfleto
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[1]: http://www.apdsi.pt/main.php?srvacr=pages_43&mode=public&template=frontoffice&layout=layout&id_page=145
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[2]: http://www.apdsi.pt/getfile.php?id_file=600
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[3]: http://www.apdsi.pt/getfile.php?id_file=599
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[4]: http://mindboosternoori.blogspot.com/
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title: HTML, EME e Normas Abertas
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author: Marcos Marado
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date: 2016-09-18 20:26
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categories:
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- Factos
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- HTML
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- Legislação
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- Normas Abertas
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- Protesto
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- W3C
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Normas Abertas são normas (especificações de formatos ou protocolos) que
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cumprem [cinco simples regras][1]. Elas têm de ser:
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1. sujeitas a escrutínio público completo e sem restrições de uma forma
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igualmente disponível a todas as partes;
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2. sem nenhum componente ou extensão que tenha dependências em formatos ou
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protocolos que não cumpram, eles próprios, a definição de uma Norma Aberta;
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3. livres de cláusulas legais ou técnicas que limitam a sua utilização por
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qualquer parte ou em qualquer modelo de negócio;
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4. geridas e desenvolvidas continuamente de forma independente de um único
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fornecedor num processo aberto à igual participação de competidores e outras
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partes;
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5. disponível em múltiplas implementações completas por fornecedores
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competidores, ou como uma implementação completa disponível de igual forma a
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todas as partes.
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A importância das Normas Abertas é de certa forma sublinhada pela sua própria
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definição: uma Norma Aberta pode facilmente ser usada por qualquer pessoa, sem
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restrições. Isto permite a qualquer programador implementar essa norma, e evita
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exclusão de utilizadores – qualquer pessoa é livre de usar uma Norma Aberta.
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Esta importância foi reconhecida ao longo dos anos, e ultimamente esse
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reconhecimento chegou a altos níveis de definição de políticas, com países como
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Portugal a [mandatar o uso exclusivo de Normas Abertas pela Administração
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Pública][2], como forma de garantir aos seus cidadãos acesso sem restrições a
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dados e serviços públicos.
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Um bom exemplo de uma Norma Aberta é o HTML. Mesmo que não esteja muito
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à-vontade com questões técnicas, provavelmente já ouviu falar do HTML — ou pelo
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menos notado em alguns “endereços web” (chamados URL) como
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“http://umsite.pt/isto.html”. Isso acontece porque o HTML é a “linguagem da
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web”: cada página web é escrita num formato, chamado HTML, e visto que todas as
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páginas web são escritas no mesmo formato, e porque esse formato é uma Norma
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Aberta, qualquer pessoa pode criar um programa de computador (neste caso, um
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navegador web) que recebe fielmente a página nesse formato e sabe como
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mostrá-la correctamente no ecrã do seu computador. Isto é o que torna possível
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ver a mesma página web no seu telemóvel, o seu computador ou no seu tablet,
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mesmo que esteja a usar programas diferentes para a ver. Não interessa se está
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a usar o navegador web do Android no seu telemóvel ou o Firefox no seu
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computador, enquanto um amigo seu está a usar o navegador do iOS e o Safari no
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seu Mac. Qualquer pessoa pode ver uma página web correctamente: isso é uma das
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belezas da Web, e acontece porque o HTML é uma Norma Aberta.
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Então, o que é isso do EME? E porque é que as pessas andam a falar sobre “DRM
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no HTML”?
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O EME é uma especificação proposta que tem como intenção “[extender o
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HTMLMediaElement][3]” (algo que é parte da especificação do HTML). O que isso
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significa é que, se o EME for aprovado, uma parte da especificação actual do
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HTML será actualizada. A “nova versão” incuirá dois tipos de alterações:
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algumas mandatórias e outras opcionais. Nas suas próprias palavras,
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“Implementação de Digital Rights Management não é obrigatória para cumprir com
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esta especificação: apenas o sistema Clear Key é de implementação obrigatória
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como base comum.” A [W3C argumenta][4] que isto não constitui nenhum problema,
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e que não estão a acrescentar DRM no HTML, porque implementar DRM não é
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obrigatório. Contudo, o facto de implementar DRM ser possível (mesmo que não
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obrigatório) significa que, se um sítio web usar tal implementação, ou o seu
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navegador web também a usa, ou não será capaz de ver essa parte do site
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(lembra-se do que disse atrás sobre todos poderem ver a web? Isso deixaria de
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acontecer.) Claro que isto não necessitaria de ser um problema de todo: se a
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especificação permite a implementação, é só uma questão de todos os navegadores
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fazerem essa implementação, certo? Errado. O problema aqui é que a
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“especificação não define um sistema de protecção de conteúdos ou Digital
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Rights Management”.
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Por outras palavras: o EME introduz a possibilidade de usar coisas (sistemas de
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DRM) que não fazem parte da especificação, pelo que uma especificação (uma
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forma de uma parte independente implementar toda a especificação) não está
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disponível — o EME não é uma Norma Aberta. E visto que há a intenção de inserir
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o EME no HTML (actualizando parte da sua especificação), então o HTML irá ter
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uma extensão (EME) que tem “dependências em formatos ou protocolos que não
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cumpram, eles próprios, a definição de uma Norma Aberta”. Sim, aprovar o EME
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iria fazer com que o HTML deixasse de ser uma Norma Aberta.
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## Resumindo
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O HTML é uma Norma Aberta, e isso é bom para todos. Tão bom, na realidade, que
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alguns países, como Portugal, obrigam a que a Administração Pública use apenas
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Normas Abertas. Contudo, existe uma proposta (EME) que, se for aprovada, irá
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fazer com que o HTML deixe de ser uma Norma Aberta. Isso irá ter um elevado
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impacto negativo em Administrações Públicas, cidadãos, e a comunidade web no
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geral — o que hoje em dia significa os cidadãos do mundo.
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Esta aprovação iria ter uma elevado impacto social, político e cultural em todo
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o lado. Da actual era de partilha de conhecimento, fácil acesso à informação, e
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na generalidade tornar o mundo mais acessível, podemos estar a caminhar para a
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idade das trevas da web. Há, claro, uma solução: vamos [fazer com que a W3C
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saiba que nos opomos ao EME][5], e que pedimos-lhes para que não o aprovem.
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[1]: https://fsfe.org/activities/os/def.en.html
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[2]: https://m6.ama.pt/docs/Lei362011-NormasAbertas.pdf
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[3]: https://w3c.github.io/encrypted-media/#htmlmediaelement-extensions
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|
[4]: https://www.w3.org/2016/03/EME-factsheet.html
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|
[5]: https://drm-pt.info/2016/09/08/contra-drm-na-w3c/
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title: "O CETA e o DRM"
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|
author: Marcos Marado
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date: 2016-10-16 21:07
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categories:
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- Legislação
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tags:
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- CETA
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coverdescription: Protesto contra o CETA em Bratislava. Imagem da Plataforma Não ao TTIP.
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covercaption: Protesto contra o CETA em Bratislava. Imagem da Plataforma Não ao TTIP.
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O CETA é uma proposta de tratado de livre comércio entre a União Europeia e o
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Canadá que tem dado ultimamente que falar, não só pela proximidade da data que
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se prevê que o tratado seja assinado, mas também pelos inúmeros protestos que
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este tem causado por vários sectores da sociedade civil que vêm neste um mau
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tratado. bratislava
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Mas como está este tratado relacionado com o DRM? Apesar de ser um tratado de
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comércio, o CETA é um tratado de enorme abrangência, composto por quase 1600
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páginas. Um dos seus objectivos é “proteger as inovações, os artistas e os
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produtos tradicionais”.
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Dentro desse objectivo, o acordo também se refere ao DRM. Não só o tratado
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extende ao Canadá a obrigação de establecer a protecção legal contra a
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circumvenção do DRM, algo que já existe na Europa, como, e de forma mais
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preocupante, vincula ambas as partes a estagnar nessa condição. Num momento em
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que a Europa se prepara para planear a sua reforma em matéria de direitos de
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autor, este tratado impede, de facto, que haja qualquer alteração que vá num
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sentido inverso ao estipulado no tratado – como a necessária alteração da
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legislação vigente no que diz respeito ao DRM.
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Assim, os defensores dos direitos dos cidadãos contra o ataque aos seus
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direitos e liberdades exercido pela protecção legal dada ao DRM só podem ter
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uma coisa a dizer sobre o CETA: ou ele é alterado para deixar de ter cláusulas
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que impeçam o desenvolver democrático da Europa, ou ele não deve ser assinado.
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Saiba mais sobre o CETA [no site da Plataforma contra o TTIP][1].
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[1]: http://web.archive.org/web/20160309092812/https://www.nao-ao-ttip.pt/category/ceta/
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title: O DRM impede a utilização educativa
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author: Paula Simões
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date: 2013-04-25 17:59
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categories:
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- Factos
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A lei portuguesa lista várias excepções ao direito de autor, no artigo 75º do
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Código de Direito de Autor e Direitos Conexos. Cinco dessas excepções estão
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directamente relacionadas com a utilização das obras para fins educativos. Isto
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porque professores, alunos e investigadores precisam de utilizar as obras para
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o seu trabalho.
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No entanto, a lei portuguesa proíbe desde 2004 a neutralização do DRM, mesmo
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para fins legais, como é a utilização educativa. Ora, a utilização de obras no
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mundo digital pressupõe sempre a cópia, mas a única forma de fazer uma cópia de
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uma obra com DRM é neutralizando esse DRM. Donde quando a lei proíbe a
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neutralização do DRM para fins legais, está também a proibir a utilização da
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obra para fins educativos.
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Vejamos um exemplo:
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Imaginemos um professor que quer mostrar um excerto de um filme ou de um
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documentário à sua turma para introduzir a discussão de uma matéria.
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Este professor dirige-se à sua sala de aula com o DVD, que requisitou na
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biblioteca, coloca o DVD no computador ligado ao projector e mostra aos alunos
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o excerto necessário à discussão. A lei permite isto.
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Vamos agora transpor a situação acima descrita para o mundo digital:
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Imaginemos que a sala de aula deste professor não tem quatro paredes, mas é um
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Sistema de Gestão Educativa, como o Moodle, por exemplo, em que os alunos
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acedem, à distância, a um site, com as suas credenciais.
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A correspondência com a situação anterior seria o professor copiar o excerto do
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filme ou documentário e colocar no fórum do Moodle para os alunos verem e
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iniciarem a discussão. Mas a grande maioria dos DVD têm DRM e a lei não permite
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a sua neutralização, mesmo para fins legais. Assim, o professor não pode usar o
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excerto do filme ou documentário para mostrar aos alunos. A lei menciona mesmo
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uma pena de prisão para quem o fizer.
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title: O DRM não impede a pirataria
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|
author: Paula Simões
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date: 2013-04-20 23:17:00
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categories:
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- Factos
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tags:
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- DRM
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- Pirataria
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O DRM não impede a pirataria simplesmente porque coloca nas mãos do atacante o
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cadeado e a chave que o abre.
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O DRM baseia-se em códigos, encriptação, e em chaves que desencriptam esses
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códigos e a maneira como funciona pode ser explicada de uma forma muito
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simples:
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Os titulares de direitos (editoras, distribuidoras, produtoras, etc) colocam
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cadeados nos conteúdos (filmes, música, livros digitais, jogos de computador,
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etc) e escondem as chaves que abrem esses cadeados nos equipamentos e sistemas
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onde esses conteúdos vão ser usados (hardware, como o leitor de DVD, e
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software, como o programa de computador que vocês utilizam para ver o DVD).
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**Ora, nenhum sistema que coloca nas mãos do atacante o cadeado e a chave que
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abre esse cadeado pode ser considerado seguro.**
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Donde se conclui que, por definição, o DRM nunca poderá impedir a pirataria.
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Esta é a razão pela qual sempre que surge um novo DRM, ele é quebrado numa
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questão de horas ou dias. Por definição, um sistema de DRM nunca poderá impedir
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a pirataria.
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> “DRM systems are usually broken in minutes, sometimes days.
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> Rarely, months. It’s not because the people who think them up are
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|
> stupid. It’s not because the people who break them are smart.
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|
> It’s not because there’s a flaw in the algorithms. At the end of
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|
> the day, all DRM systems share a common vulnerability: they
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|
> provide their attackers with ciphertext, the cipher and the key.
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|
> At this point, the secret isn’t a secret anymore.“ [1]
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|
[1] – Doctorow, Cory. “Content”. Página 7 do livro, em papel, também disponível
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|
com uma licença Creative Commons em http://craphound.com/content/download/.
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|
Para compreender porque é que o DRM não funciona, aconselhamos a leitura do
|
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|
primeiro capítulo do livro sugerido, com o título “Microsoft Research DRM Talk”
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After Width: | Height: | Size: 550 KiB |
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|
title: "Parlamento aprova projeto de lei que resolve #DRM #FixCopyright #PublicDomain"
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|
author: Paula Simões
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date: 2017-04-08 20:49:00
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categories:
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- Legislação
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tags:
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- DRM
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- Parlamento
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coverdescription: No More Locks by Paula Simões Creative Commons Attribution
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|
covercaption: No More Locks by Paula Simões Creative Commons Attribution
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Foi ontem aprovado o projeto de lei do Bloco de Esquerda, que garante aos
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cidadãos poderem realizar as utilizações livres, mesmo que as obras tenham DRM.
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Falamos da utilização para fins de ensino e de investigação científica, da
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|
cópia privada, entre outras cujas condições de utilização podem ser verificadas
|
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|
no [artigo 75º][1] e seguintes do Código de Direito de Autor e Direitos Conexos.
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|
Depois de trabalhado e aprovado na [Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude
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|
e Desporto][2], o projeto foi aprovado em plenário com os votos a favor dos grupos
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|
parlamentares do BE, PS, PCP, Verdes, PAN, com a abstenção do grupo parlamentar
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|
do CDSPP e os votos contra do grupo parlamentar do PSD.
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|
Para além de permitir a realização das utilizações livres, o projeto de lei
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|
interdita ainda a colocação de DRM em obras caídas no domínio público (que já
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|
não têm direitos de autor patrimoniais), protegendo o nosso património
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|
cultural, bem como interdita ainda a colocação de DRM em obras editadas por
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|
entidades públicas ou com financiamento público.
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|
A Associação Ensino Livre e a [ANSOL][3], dinamizadores do movimento [DRMPT][4]
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congratulam o Bloco de Esquerda, o Partido Socialista, o Partido Comunista
|
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|
Português, o Partido Ecologista Os Verdes e o Partido Pessoas, Animais e
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|
Natureza pela inciativa, trabalho e apoio em garantir que os cidadãos possam
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||||||
|
finalmente exercer os seus direitos fundamentais também no que respeita a obras
|
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com DRM.
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|
O projeto de lei aprovado terá ainda de ser promulgado pelo Sr.Presidente da
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|
República.
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|
[O texto final pode ser consultado neste link [PDF]][5].
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|
[1]: http://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?artigo_id=484A0075&nid=484&tabela=leis&pagina=1&ficha=1&so_miolo=&nversao=#artigo
|
||||||
|
[2]: http://www.parlamento.pt/sites/com/XIIILeg/12CCCJD/Paginas/default.aspx
|
||||||
|
[3]: https://ansol.org/
|
||||||
|
[4]: https://drm-pt.info/
|
||||||
|
[5]: http://app.parlamento.pt/webutils/docs/doc.pdf?path=6148523063446f764c324679626d56304c334e706447567a4c31684a53556c4d5a5763765130394e4c7a457951304e44536b51765247396a6457316c626e527663306c7561574e7059585270646d46446232317063334e68627938774f474a694e6a41784f53307959325a684c545135596a5174596a67355969316a4e7a466c596a466d4d6a49354d5749756347526d&fich=08bb6019-2cfa-49b4-b89b-c71eb1f2291b.pdf&Inline=true
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title: "Projecto de Lei para a resolução do problema do DRM aprovado na generalidade"
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author: Marcos Marado
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date: 2017-01-08 17:45:00
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categories:
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- Legislação
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coverdescription: Votação que aprova na generalidade o PL sobre DRM
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covercaption: Votação que aprova na generalidade o PL sobre DRM
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A equipa do DRM-PT aplaude as bancadas parlamentares do BE, PAN, PCP, PEV e PS
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que, no passado dia 22 de Dezembro, aprovaram na Generalidade o [Projeto de Lei
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151/XIII][1], que “Garante o exercício dos direitos dos utilizadores,
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consagrados no Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos“, em obras que
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contenham DRM. Votação que aprova na generalidade o PL sobre DRM
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Este Projecto de Lei, que em nada altera a acção de autores, editores ou
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distribuidores, passa a permitir aos cidadãos a circunvenção destas medidas
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tecnológicas, quando estas lhes estejam a impedir usos que são considerados
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legais.
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Apesar de vermos com alguma preocupação os votos contra das bancadas
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parlamentares do CDS-PP e do PSD a este projecto, esperamos agora que, de forma
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célere, este diploma faça o seu caminho em âmbito de especialidade, e que seja
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aprovado e publicado o mais rapidamente possível.
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Os cidadãos Portugueses têm-se visto, desde 2004, privados de exercer
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legalmente os seus direitos. A reposição desses direitos em 2017, apesar de
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tardia, é fundamental, e nossa equipa continuará a seguir e colaborar com o
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processo deste Projecto de Lei até à sua publicação.
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[1]: http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheIniciativa.aspx?BID=40177
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BIN
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17
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@ -0,0 +1,17 @@
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title: Social DRM
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author: Marcos Marado
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date: 2013-04-21 17:59
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categories:
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- DRM Social
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“DRM Social” é um termo que, tal como “DRM”, é enganador. O argumento é que o
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“DRM Social” é um “DRM que não restringe tecnologicamente” e portanto é social.
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O contra-argumento é que o “DRM Social” continua a restringir, logo não é
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social mas sim anti-social.
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## Mais informação
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Mais informação em <http://mindboosternoori.blogspot.com/2008/11/social-drm-is-anti-social.html>.
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